quarta-feira, 1 de junho de 2011

Eu não digo “eu te amo”

Qualquer um pode te dizer “eu te amo”, mas poucos vão te amar.

Esperar que a realização plena de seus mais íntimos sonhos e desejos de amor sejam concretizados por uma voz saindo entre lábios doces, dizendo “eu te amo”... esqueça., amar não é dizer é viver.

Eu amo quando, estou junto, lado a lado assistindo qualquer bobagem na TV.

Eu amo quando, preparo a comida e não coloco aquele tempero que o outro não gosta.

Eu amo quando, limpo a casa para receber quem gosto.

Eu amo quando, me cuido para poder estar bem para o outro.

Eu amo quando, sou quem eu sou.

Eu amo quando, estou trabalhando sorridentemente nas manhãs frias do inverno.

Eu amo quando, estou impaciente na fila interminável do banco.

Eu amo quando, eu brinco.

Eu amo quando, eu durmo bem

Eu amo quando, eu tenho pesadelos.

Eu amo quando eu vivo... eu amo quando eu vivo os meus dias sendo eu mesmo, comigo mesmo e com o outro.

Eu não amo quando digo “eu te amo”, mas quando vivo o amor

Amor é cotidiano e processo, não é resultado final.

Eu amo quando vivo, não quando digo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Let's go!

Vou correr. Correr desesperadamente por e para qualquer lugar.

Correr além das forças das minhas pernas.

Vou correr até aquele precipício que existe no final das nossas vidas.. Aquele precipício, que fica no limite da razão das nossas vidas medíocres.

Quero estar lá... bem no limite. Quero testar o que sinto...

Vou acelerar com tudo... vou cruzar todas as ruas e estradas... vou na direção do muro.

Quero sentir todo o impacto do mundo.

Quero bater de frente... de peito... talvez o coração pare... ou quem sabe recomece a bater e eu entenda tudo que esta acontecendo.

Se a pancada não for forte o bastante... eu me jogo

Quero sentir a aceleração, o vento cortando a pele... e quero ver cada vez mais de perto o que esta lá no fundo.

E você vai pular comigo?

sábado, 16 de outubro de 2010

Cotidiano

Acordar, esticar-se... respirar fundo... apressar-se... trabalhar... conversar sério... resolver. Contar uma piada, fazer uma graça e conversar abobrinha numa hora inapropriada. Ficar empolgado e acreditar
Pausa.
Comer, entardecer, trabalhar, conversar sério e de bobeira. Rir, suspirar.. ler uma noticia e ficar puto. Ler outra noticia e ficar esperançoso...
Anoitecer... espiar o mundo virtual, sonhar que o mesmo possa ser real... querer que o real seja virtual...
Ficar decepcionado... suspirar... esperar... desistir... acostumar
Comer, beber... trabalhar e desistir... aproveitar... forçar um ócio... ouvir uma música... escutar outra... desligar.
Limpar-se, relaxar, esticar-se... deitar e silenciar... revisar e pensar... procurar...tentar sentir... adormecer e esperar sonhar aquilo que faltou no dia.

sábado, 9 de outubro de 2010

Todas las Palabras

Algumas musicas sempre fazem bem, nem sempre achamos o motivo, mas enfim fazem. Hoje compartilho uma musica que descobri há pouco tempo e que de imediatamente me afetou de alguma forma...

Sei que meu gosto musical é peculiar, mas é uma melodia tão suave, uma voz tão agradável que não resisti... passei a ouvir frequentemente.


Esta musica faz parte do álbum "Wthin my Walls" de Idan Raichel, cantor e produtor israelense que já postei aqui no blog. Nesta musica o vocal e da cantora israelense Maya Avraham.

Todas Las Palabras

Supongo que tú y yo nos encontraremos que
talvez ni nos demos cuenta
tal vez suceda sin prisa y sin viento en algún lugar de ayer
Presiento que tú y yo nos encontraremos y
tal vez nos parezca extraño
con la ilusión sin prisa y sin voz, sin pasos que recorrer

Todas las canciones, todas las palabras vienen y bailan
con el sonido que hace el viento cuando se acerca a tu boca y tu piel
mírame un instante, toca este silencio que ya se apaga
y abraza el aire que se vuelve cielo dentro de tu aliento y mi sed
es el aire el que se vuelve cielo dentro de mi sed

Supongo que tú y yo nos encontraremos que
talvez ni nos demos cuenta
tal vez suceda de prisa y con viento en algún nuevo lugar
Presiento que tú y yo nos encontraremos y
tal vez nos parezca extraño
con la ilusión sin prisa y sin voz, con sueños por empezar


Real, possivel e ideal

Sempre idealizamos as coisas, mas nunca encontramos o ideal.
Talvez nosso grande desafio seja aprender a ceder o necessário para que entre o ideal e o real, aproveitemos aquilo que é possível e quem sabe descobriremos que isso seja, na verdade, o ideal

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Somewhere Over the Rainbow

Sabe quando você escuta uma musica e ela te faz sentir bem, mas bem mesmo?

Então, tenho essa sensação com algumas musicas independente da letra. Porém por ser curioso, acabo prestando a atenção na letra e na maioria das vezes, esta também acaba fazendo sentido para mim na maioria das vezes...

Há alguns anos, estava vendo um filme, ou melhor, peguei um filme no seu final e quando este estava acabando uma musica diferente começou a tocar. Na verdade tratava-se de uma regravação, mas esta versão era completamente diferente da original... A melodia, a voz do interprete... Fiquei encantado com a musica, na verdade com esta versão...

Estou falando do cantor havaiano Israel Kamakawiwo’ole, que fez uma versão pra dois clássicos da musica americana, Somewhere Over the Rainbow, tema do filme O Mágico de Oz e What a Wanderful World, conhecidíssima na voz de Louis Armstrong .

A versão de Israel, conhecido como Iz, é totalmente diferente das originais. Primeiro pela suave e marcante voz deste havaiano... é incrível como seu timbre de voz nos convida para um relaxamento... Outra coisa que também contribui para este clima é o fato da musica ser acompanhada somente por um instrumento típico da musica havaiana, o ukulele – que no formato, lembra para nós brasileiros o cavaquinho, mas com uma sonoridade diferente...

A musica é tão boa, tão emocionante e cativante, que a mesma acabou se tornando tema de vários filmes e seriados norte americanos, tais como Encontro Marcado, Encontrando Forrest, Como se Fosse a Primeira Vez, além de episódios de conhecidas séries da televisão como Cold Case (episódio 15 da 2ª temporada) e E.R (episódio 21 da 8ª temporada), sendo que neste ultimo, o episódio onde esta musica é trilha foi um dos mais emocionantes da série. (veja aqui)

Enfim, por esta curiosidade acabei fuçando (como sempre) e achando outras musicas do Iz e muitas delas são inspiradoras como esta, principalmente as musicas tradicionais havaianas. Israel, faleceu em 1997 em função de complicações de sua obesidade mórbida. Foi cremado e suas cinzas jogadas ao mar.

Agora escutem a musica e me digam... ela não é fascinante? (clique no link abaixo e aproveite!)


"Somewhere Over the Rianbow"


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Bo ee

Em alguma parte deste blog, uma vez disse que gostava de musica... não importava se da letra ou do ritmo, mas passava a gostar de uma musica por algum motivo, alguma sensação que ela me transmitisse.
Esses dias estava na internet e por algum motivo acabei me deparando com este cantor: Idan Raichel, um israelense de trinta e poucos anos forte mente influenciado pela cultura etíope.
Suas musicas parecem trazer uma serie de influencias étnicas, da África e Oriente Médio. A sonoridade é leve e envolvente, chegando as vezes a ser sensual.
Bom como o hebraico e o etíope são idiomas alienígenas para mim, fiquei curioso por saber sobre que suas musicas tratavam, em especial uma – “Bo ee”, que significa “Venha”. Mas como bom fuçador da web, acabei por encontrar algumas traduções de suas canções, que são bem poéticas e até certo ponto místicas.
Bom, hoje vou compartilhar esta musica que citei “Bo ee”. Ela é tem algo que me atrai em seu ritmo, mas a letra é muito bonita e parece fazer sentido para mim.

Escute a musica aqui.

“Bo ee” – Venha

Venha, me de a mão e andemos
Não me pergunte para onde
Não me pergunte sobre a felicidade, pois talvez ela venha também
E quando vier, descerá sobre nós como chuva

Venha, vamos nos abraçar e andar
Não pergunte quando
Não me pergunte sobre casa
Não me pergunte sobre o tempo
O tempo não espera, pára ou permanece

(prece etíope)
Na lama à noite (Ouça-me)
Mesmo se você cair do seu cavalo (Ouça-me)
Não fique com raiva do meu irmão (Ouça-me)
Ninguém viu (Ouça-me)
Mas tome cuidado para não cair no dia
Mas cuidado para não cair no dia

Venha, me de a mão e andemos
Não me pergunte para onde
Não me pergunte sobre a felicidade, pois talvez ela venha também
E quando vier, descerá sobre nós como chuva

Venha, vamos nos abraçar e andar
Não pergunte quando
Não me pergunte sobre casa
Não me pergunte sobre o tempo
O tempo não espera, pára ou permanece

(texto incidental)
Lembras-te de volta então, quando você costumava sempre me trazer flores?
Você iria distrair-me, eu te entreter.
Você desejava falar comigo, eu falava com você.
Gostávamos de nos prender um ao outro.
Passávamos todos os dias a alegria de Pentecostes.
Quando chegou a noite, nós nos perguntávamos quando um novo começaria.
Quando nos separávamos, me sentia triste.
Quando íamos nos encontrar, eu sentia alegrias imensas.
E agora tudo passou... e estamos agora aqui

Venha, me de a mão e andemos
Não me pergunte para onde
Não me pergunte sobre a felicidade, pois talvez ela venha também
E quando vier, descerá sobre nós como chuva

Venha, vamos nos abraçar e andar
Não pergunte quando
Não me pergunte sobre casa
Não me pergunte sobre o tempo
O tempo não espera, pára ou permanece

....Na lama à noite (Ouça-me)...

....Não me pergunte sobre a felicidade...
....Descerá sobre nós como chuva...

Venha, vamos nos abraçar e andar.
Não pergunte quando
Não me pergunte sobre casa
Não me pergunte sobre o tempo

O tempo não espera, pára ou permanece

Na lama à noite (Ouça-me)
Mesmo se você cair do seu cavalo (Ouça-me)
Não fique com raiva do meu irmão (Ouça-me)
Ninguém viu (Ouça-me)
Mas tome cuidado para não cair no dia
Mas cuidado para não cair no dia