Surpreendi-me com o ar frio nesta noite de janeiro, uma noite de quase inverno em um mês de quase não verão.
Há alguns dias estamos cobertos de nuvens, por dias a chuva cai... muito suavemente espalhando-se pelo ar, ocupando todo o espaço e envolvendo tudo.
O cinza das nuvens parece depressivo, mas confesso que gosto deste cenário, pois... às vezes precisamos desse vento frio e da gélida chuva sobre nós, para sentirmos que ainda existe algo quente, algo que nos aquece por dentro.
Já fora de casa, antes de entrar no carro, olhei para cima e me surpreendi com as estrelas aparecendo. Tive um sutil momento de admiração quase infantil. Afinal, nos últimos dias as nuvens do céu noturno, só refletiam o vermelho mercúrio das luzes da cidade.
Pensei que em nenhum momento da minha vida tinha sentido falta das estrelas, mas fiquei feliz em vê-las.
Talvez o que me deixou assim foi à surpresa de encontrá-las. Mas é sempre assim... coisas boas quando surgem de surpresa nos deixam felizes, mesmo as mais simples.
Entrei no carro, guardei-o na garagem. Ao sair olhei mais uma vez para o céu e as estrelas continuavam lá, sem nenhuma nuvem para escondê-las. Nesse momento entendi, por mais que gostasse dos meus dias cinzentos, a estrela que brilha lá fora... é que me contenta de verdade. Respirei fundo e entrei para casa.
Mesmo que volte a chover, as estrelas continuam existindo.
Mesmo não vendo, sei que assim como elas, você existe.
MT
Surprise Ice - Kings of Covenience
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