Pode-se gostar de alguém de várias maneiras. Como amigo, como profissional, como confidente, enfim gostamos de pessoas diferentes e de maneiras diferentes. Porém gostar de alguém com interesses de paixão, isso sim é sufocante.
É sufocante, pois quando não se esta perto desse alguém as sensações são confusas e contraditórias, variando da delicia da lembrança a angustia da ausência.
É sufocante por trazer aquele sentimento de amparo e aconchego ao se lembrar dessa pessoa, mas também do desespero diante ao relógio que se arrasta eternamente até um próximo encontro.
É sufocante por lembrar de se ter tanto prazer e alegria quando se esta perto e um vazio infinito quando se esta longe.
É sufocante, já que na ausência o tempo se arrasta, as coisas são tediosas, os assuntos no cafezinho não são tão legais e... tudo aquilo que se olha lembra de quem não se tem ao lado.
Mas gostar de alguém também é um pouco masoquista.
Todos, na ausência de quem se gosta, sempre... mesmo que neguem... procuram tudo aquilo que lembra o outro...
Quem nunca se viu escutando uma mesma musica repetidas vezes, só por que esta lembra alguém? (one, two, three, four tell me that you love me more...)
Quem não fica revendo uma cena de um filme, cheirando a roupa que ficou com o perfume da outra pessoa, olhando e-mails antigos, recados... enfim tudo que possa lembrar que a outra pessoa que ali não esta...
Gostar e estar longe é cutucar a ferida. E cutucá-la a ponto de deixar uma cicatriz, que será mais uma marca na qual você fatalmente olhara e se lembrará de quem se gosta quando estiverem distantes.Gostar realmente é contraditório e, enquanto for recíproco... deliciosamente bom.
MT
One, two, three, four - Feist
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